Um perfil criado no Instagram viralizou neste domingo ao compartilhar fotos e expor os nomes dos envolvidos no ataque antidemocrático ao Congresso, Supremo e ao Palácio do Planalto. A conta, chamada ‘Contragolpe Brasil’, já soma mais de meio milhão de seguidores.

Ao todo, os gerenciadores da rede fizeram 126 publicações com fotos dos bolsonaristas radicais que invadiram Brasília e destruíram o patrimônio público nos prédios do judiciário, legislativo e executivo. As imagens apontam nome, cidade e estado de origem dos envolvidos, mostrando eles durante os atos de vandalismo que aconteceram neste domingo.

Quando não há identificação da pessoa exibida na imagem, o ‘Contragolpe Brasil’ pede ajuda aos seguidores para chegar ao nome ou perfil da pessoa exibida. As imagens foram retiradas dos vídeos publicados nas redes sociais durante a invasão de bolsonaristas radicais. Eles também recebem denúncias privadas por DM, para alimentar o banco de dados de envolvidos nos atos terroristas.

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Em algumas dessas postagens, os gerenciadores do perfil chegam a marcar os usuários no Instagram que compartilharam vídeos e imagens participando da invasão golpista. Um levantamento feito pela reportagem da CBN a partir das publicações mostra que dos 36 perfis marcados diretamente pelo ‘Contragolpe Brasil’, 16 foram banidos do Instagram ou tiveram a conta bloqueada.

Nas últimas horas, no entanto, o perfil teve as comunicações limitadas na rede social. Está impedido de responder mensagens diretas e de escrever legendas nas postagens no Instagram. Pelos stories da plataforma, os organizadores cobram da Meta a liberação do usuário para poderem continuar o trabalho.

Em nota, o Instagram informou que antes mesmo das eleições designou o Brasil como um local temporário de alto risco. A Meta disse que passou a remover conteúdos que incentivam as pessoas a pegar em armas ou a invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios públicos.

O Instagram disse que classificou as invasões golpistas de ontem como um evento violador, o que significa que vão remover conteúdos que apoiam ou exaltam essas ações. A rede ainda disse que acompanha a situação ativamente e vai continuar removendo conteúdos que violem as políticas da plataforma.