Ítalo Guedes defende democracia nas escolas, gratuidade em ônibus e congelamento de salários de prefeito e de secretários
O candidato à prefeito de João Pessoa, Ítalo Guedes (PSOL), foi o primeiro a ser sabatinado em uma série de entrevistas com os candidatos que concorrem à prefeitura da Capital, no programa ‘Arapuan Verdade’, nesta quinta-feira (15). Ele falou sobre diversos assuntos, incluindo mobilidade urbana, educação e saúde. Defendeu que haja democracia nas escolas, gratuidade no transporte público e congelamento de salários de prefeito e de secretários.
Se eleito, disse que a gestão vai ser transparente. “Nós não estamos nessa por dinheiro, por salário. Não é à toa que me orgulha muito que o PSOL não está com esses poderosos da política, com as elites da nossa cidade”, frisou. O candidato se comprometeu em não empregar familiares e tornar os cargos da Prefeitura cabine de emprego. Questionado sobre a legalização das drogas, disse que não era pauta para o município, mas que o grupo defende a descriminalização das drogas.
Na área de educação, relações de trabalho precarizadas, falta de autonomia, é preciso valorizar o profissional, maior democracia e tornar o cargo de diretor mais democrática e que seja feito pela comunidade escolar. “Garantir democracia na gestão escolar, garantir que os diretores sejam eleitos pela comunidade escolar, não fazer do cargo de direção escolar , mais um cargo politico, de negociata e do toma lá da cá”, disse.
Em relação a gratuidade no transporte coletivo, Ítalo Guedes informou que é dado para os estudantes frequentarem as escolas, mas defende que seja estendido para que os alunos possam ‘viver a cidade’, frequentar espaços públicos e de lazer. “Muitos dos alunos já estudam perto de casa”, frisou, destacando que João Pessoa tem a passagem mais cara do Nordeste. Comentou que é preciso rever os contratos com os dois grandes grupos que dominam o transporte público urbano da cidade.
Sobre um ‘tabu’ com os partidos de esquerda com o empresariado, em relação a confrontos, o candidato disse que existe um clichê e que o partido é aberto ao diálogo com as categorias. “Esse título que colocam simplesmente para os partidos de esquerda é um cliche que não condiz com a realidade. quem mais emprega no Brasil são os pequenos empresários, os pequenos comerciantes, pequenos médios comerciantes e temos que sentar para negociar. eles têm passado por momentos muito difícil durante essa pandemia e eles são capazes de gerar muito emprego e renda para nossa cidade”, disse.
Sobre o Carnaval, por exemplo, disse que é necessário conversar com as pessoas que vivem as festas. “Temos que sentar com essas pessoas e ver como pode potencializar isso”, comentou. Ítalo Guedes, que é mestre em psicologia social, informou que anda de transporte público e não tem plano de saúde.
Fonte G1 Política