Filho do Bolsonaro e Olavo de Carvalho orquestravam ataques ao STF nas redes, diz TV

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), do Rio de Janeiro, e o escritor Olavo de Carvalho foram dois dos responsáveis por orquestrar ataques recentes ao STF (Supremo Tribunal Federal) nas redes sociais. 

A informação foi divulgada hoje pela CNN Brasil, com base em um dos 74 apensos do inquérito das fake news, responsável por deflagrar em maio uma operação da Polícia Federal contra políticos, empresários e militantes bolsonaristas. A menção a Carlos e Olavo está no depoimento do deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que consta no documento. 

?Nessa ocasião, o vereador Carlos disse ao seu pai que era necessário um impulsionamento no Facebook, ao que o então candidato respondeu que era necessário viabilizar verba para isso, ao que o vereador Carlos respondeu que para esse fim deviam procurar Otávio. Posteriormente, o declarante apurou que essa pessoa era Otávio Fakhoury, advogado e empresário no ramo de investimentos (…). Otávio Fakhoury promoveu inclusive um encontro de todos os militantes virtuais em um hotel em São Paulo e acabou se tornando tesoureiro do PSL”, relata o documento. 

Um laudo assinado por três peritos não foi capaz de concluir a participação decisiva de robôs nas redes sociais para impulsionar os ataques, informando que “os seguidores dos perfis influenciadores podem ser compostos por pessoas reais, robôs, ou até mesmo por perfis secundários do próprio influenciador digital”.

“Entretanto, utilizando as ferramentas de pesquisa e recursos do Twitter, não é possível identificar com precisão e segurança se estes seguidores são realmente robôs ou contas secundárias do influenciador”, relata o apenso, de acordo com a CNN.

Em manifestação, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que “a leitura dessas manifestações demonstra a despeito de seu conteúdo incisivo, em alguns casos, serem inconfundíveis a prática de calúnias, injúrias e difamações contra os membros do STF?

“Em realidade, representam a divulgação de opiniões e visões de mundo, protegidas pela liberdade de expressão nos termos do decisum do ministro Celso de Mello (…)”, defendeu Aras. “Na medida em que as manifestações feitas em redes sociais atribuídas aos investigados inserem-se na categoria de crítica legítima, com quanto dura, ao ver deste órgão ministerial são desproporcionais as medidas de bloqueio das contas vinculadas aos investigados nas redes sociais?.

A CNN informou que o Palácio do Planalto não quis comentar o conteúdo. Eduardo Bolsonaro não retornou a ligações do canal, que não conseguiu contato com Carlos Bolsonaro. Nenhum dos envolvidos se manifestou a respeito nas redes sociais.

Fonte G1 Política

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