Em embate na CNN, Cabo Gilberto e Gervásio veem Bolsonaro como principal opositor de Lula
O retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil, que está previsto para acontecer nesta quinta-feira (30), foi debatido entre os deputados federais paraibanos Cabo Gilberto (PL) e Gervásio Maia (PSB) durante entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira (29). A dupla concorda em classificar Bolsonaro como principal nome de oposição ao presidente Lula, mas diverge sobre um possível enfrentamento entre os dois em 2026.
De oposição ao governo Lula, Gilberto afirmou que Bolsonaro volta ao país para liderar a oposição e ser o nome dos conservadores para as eleições de 2026. O deputado relatou que vem ouvindo reclamações de prefeitos sobre o tratamento dado pelo governo Lula e garantiu que Bolsonaro chegará forte na próxima eleição presidencial.
“Estamos com tanta notícia ruim do atual governo, que em pouco mais de três meses prejudicou tanto a nossa economia e o nosso país. Estamos recebendo alguns prefeitos no nosso gabinete e a choradeira é uma só. O atual presidente foi condenado em diversas instâncias e venceu as eleições. Bolsonaro não tem nenhum processo transitado em julgado, nenhum crime com provas concretas para que se torne inelegível, então não vejo outro candidato. Ele é o mais forte. Todos veem no presidente Bolsonaro uma esperança, já que ele é o maior líder da oposição para, se Deus permitir, ele possa voltar ao comando do país em 2026”, falou Cabo Gilberto.
Em contraponto, Gervásio preferiu deixar o debate sobre 2026 para ser discutido a partir do segundo semestre de 2025. No entanto, o deputado alfinetou o ex-presidente e disse não esperar nada de bom em sua volta ao país, já que a oposição deve insistir em debates inúteis.
“O momento não é apropriado para gente discutir quem será candidato em 2026, o Brasil não merece isso. Inegavelmente, o ex-presidente Bolsonaro representa a segunda força no país. Espero, muito embora não acredite nisso, que o ex-presidente venha com esse sentimento de descer do palanque e trabalhar, para orientar os seus liderados a fazerem uma oposição propositiva e não essa miudez que existe no Congresso Nacional. Mas eu não espero quase nada do ex-presidente Bolsonaro, [porque] os quatro anos de gestão dele me fazem pensar dessa forma”, afirmou Gervásio.
Fonte G1 Política