Deputado paraibano Walber Virgolino diz que ação contra diplomação é “ilegítima e infundada” e não acredita em perca de mandato
O deputado estadual Walber Virgolino (PL) classificou como “ilegítima e infundada” uma petição realizada pelo grupo Prerrogativas contra ele e outros parlamentares do país, em que é solicitada a suspensão da diplomação. Conforme apurou o ClickPB, o Prerrogativas alega que os parlamentares “apoiaram o atentado cometido contra a Democracia Brasileira”. Todos os políticos citados são do Partido Liberal (PL), o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao portal ClickPB, Virgolino afirmou que a ação movida no Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) busca “criar fato político” e que o Partido dos Trabalhadores (PT) está “querendo eliminar a oposição dele”. O deputado estadual afirmou que está tranquilo, pois sabe o que fez e garantiu que não desrespeitou a lei.
“Tô tranquilo, sei do que fiz e o que não fiz. Sempre respeite a lei, sempre respeitei as instituições. Eu li a petição, não vi, pelo contrário minha postagem ela foi a mais isenta possível, como sempre, sempre agi com responsabilidade”, declarou o deputado. Para Walber, os partidos de situação, liderados pelo PT, irão buscar realizar movimentações como esta nos próximos quatro anos. “Eles vão querer eliminar a oposição na tora sei que ser oposição hoje vai se tornar crime no Brasil”, disse.
Ao ser questionado pela reportagem se a ação movida pelo Prerrogativas poderia ter participação de pessoas ligadas ao PT na Paraíba, ele declarou que “com certeza” e citou que o Partido é organizado, “uma organização criminosa, de muito tempo” e enfatizou que tais atitudes buscariam enfraquecer e intimidar políticos opositores. “Quando eu digo PT, eu falo do socialismo da Paraíba, essa pessoa que respondem processos, que eu ataco todos os dias, sempre vão querer atacar né, mas atacar com ações frágeis”, disparou.
Sobre os outros deputados envolvidos na petição o parlamentar estadual disse que não conhece pessoalmente nenhum deles e nem sequer chegou a falar com eles. “Eu sei quem são pois são figuras públicas, mas não tenho contato não”, frisou durante a entrevista.
Para ele, o pedido será barrado pois quem deveria ter acionado a justiça seria o Ministério Público e quando for feito o requisito de admissibilidade ele deverá ser negado. “Até agora não é uma acusação. Até agora foi só acionado. E é ilegítimo quem tem que fazer isso é o Ministério Público, advogado não pode fazer não”. Isso aí quando for fazer o requisito de admissibilidade será arquivado”, finalizou.
Delegado de Polícia Civil, Walber é natural de Pombal e foi reeleito deputado com 49.219 votos.
O que diz a petição
No trecho em que cita o paraibano, o pedido de liminar traz uma matéria com uma publicação de Virgolino em que são compartilhadas imagens da invasão ao Congresso Nacional e de manifestantes realizando protestos na capital federal, dias antes. Os vídeos são acompanhados de um texto, em que o deputado inicia citando um trecho bíblico e afirma que “Supremo é Deus”, logo após discorre sobre os acontecimentos em Brasília (veja íntegra abaixo):
Fonte G1 Política